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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Mulher catarinense


Antonieta de Barros

Nasceu em 11 de julho de 1901, em Florianópolis (SC). Era filha de Catarina e Rodolfo de Barros. Órfã de pai, foi criada pela mãe. Depois dos estudos primários, ingressou na Escola Normal Catarinense.
Antonieta teve que romper muitas barreiras para conquistar espaço que, em seu tempo, eram inusitados para as mulheres, e mais ainda para uma mulher negra. Nos anos 20, deu início às atividades de jornalista, criando e dirigindo em Florianópolis o jornal A Semana, mantido até 1927. Três anos depois, passou a dirigir o periódico Vida Ilhoa, na mesma cidade.
Como educadora, fundou, logo após ter se diplomado no magistério, o Curso Antonieta de Barros, que dirigiu até a sua morte. Lecionou, ainda, em Florianópolis, no Colégio Coração de Jesus, na Escola Normal Catarinense e no Colégio Dias Velho, do qual foi diretora no período de 1937 a 1945.
Na década de 30, manteve intercâmbio coma Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF) como revela a correspondência entre ela e Bertha Lutz, hoje preservada no Arquivo Nacional.
Na primeira eleição em que as mulheres brasileiras puderam votar e serem votadas, filiou-se ao Partido Liberal Catarinense e elegeu-se deputada estadual (1934-37). Tornou-se, desse modo, a primeira mulher negra a assumir um mandato popular no Brasil. Foi também a primeira mulher a participar do Legislativo Estadual de Santa Catarina. Depois da redemocratização do país com a queda do Estado Novo, concorreu a deputada estadual nas eleições de 1945, obtendo a primeira suplência pela legenda do Partido Social Democrático (PSD). Assumiu a vaga na Assembléia Legislativa em 1947 e cumpriu seu mandato até 1951.
Usando o pseudônimo literário de Maria da Ilha, escreveu o livro Farrapos de Idéias. Faleceu em Florianópolis no dia 28 de março de 1952.
Fonte:
Dicionário Mulheres do Brasil de 1500 até à atualidade
Editor: Jorge Zahar; Organizado Schuma Schumaher e Érico Vital Brazil.

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