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quarta-feira, 29 de junho de 2011

O berço da democracia em crise


Entenda o caso:

A crise na Grécia surgiu basicamente pelo país ter uma arrecadação menor que os gastos e vem enfrentando dificuldades de conseguir empréstimos para refinanciar suas crescentes dívidas públicas. O país tem a maior dívida na zona do euro, podendo atingir em 2010 120% do PIB.

A Grécia apresentou várias medidas para reverter a crise econômica no país. Dentre elas está a publicação mensal de relatórios sobre suas receitas e despesas e a redução dos níveis salariais (que está gerando intensas manifestações e greves no país). Com corte de gastos, a Grécia pretende economizar 4,8 bilhões de euros em reservas adicionais exigidas pela União Européia. Também recebeu sugestões absurdas para reverter a crise, como a da Alemanha que sugeriu à Grécia vender suas ilhas: "Aqueles em falência devem vender tudo o que tem para pagar seus credores" afirmou Josef Schlarmann, membro sênior dos Democratas Cristãos da Alemanha.

Em três de março de 2010, o país divulgou que conta com apoio da União Européia. A Alemanha deu declarações de resistência ao apoio à Grécia: "O governo alemão não pretende dar um único centavo" disse o ministro da Economia, Rainer Bruederle, e a chanceler alemã, Angela Merkel, declarou que a estabilidade da zona euro está garantida e acrescentou que a Grécia não pediu ajuda financeira. Ambos os comentários ocorreram no dia 5/3/10.

As negociações continuaram e, de repente, surgiu uma notícia da imprensa de que os países da "zona euro" no dia 13/3/10 acertaram um acordo de resgate multimilionário para salvar a Grécia da crise. Dezesseis países fariam parte de um acordo com contribuições bilaterais, no formato de empréstimos, se o governo admitir que não é capaz de financiar suas dívidas sozinho. A Alemanha que até então demonstrava forte resistência à Grécia, cederia a acordos, já que participariam de um montante que somaria 22,6 bi de euros segundo fontes de Bruxelas do jornal "The Guardian" e da televisão pública "BBC". Neste mesmo dia, a comissão européia negou qualquer acordo.
Confrontos voltam a ocorrer entre manifestantes e a polícia nesta manhã em várias regiões de Atenas, enquanto os parlamentares votam o plano de austeridade que evitará o calote da dívida grega. No segundo dia de uma greve de 48 horas, manifestantes diziam estar determinados a impedir a votação.
 Esses confrontos são decorrentes da austeridade econômica imposta pela União Européia, para que o governo grego possa sanar seus déficits. Mais de 150 mil funcionários públicos serão demitidos e os gastos em políticas públicas e sociais sofrerão um corte bem profundo, o que deixa a população grega (berço da democracia), indignada.
Desta maneira, nem Atlas conseguirá erguer a Grécia!!!!



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