Ratko Mladić é um ex-militar sérvio, chefe do exército sérvio da República Sérvia durante a Guerra da Bósnia entre 1992-1995.
Mladic comandou diretamente o Massacre de Srebrenica em julho de 1995, que causou a morte de oito mil muçulmanos bósnios e o cerco de 43 meses a Sarajevo, onde milhares de civis foram mortos por fogo de artilharia e de franco-atiradores instalados nas colinas ao redor da cidade.
O Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia manteve por mais de quinze anos uma ordem internacional de captura e detenção contra ele, baseada em sua regra 61, que considera o ex-general sérvio-bósnio como provável perpretador de crimes de guerra e crimes contra a Humanidade. Sérvia e os Estados Unidos chegaram a oferecer cinco milhões de euros por informações que levassem à captura de Mladic. Em outubro de 2010, o governo sérvio intensificou seus esforços pela captura do fugitivo, dobrando a recompensa por informações para €10 milhões. A prisão de Mladic era uma condição fundamental exigida pela União Européia para possibilitar o ingresso da Sérvia no organismo.
Depois de desaparecido por mais de uma década, Mladić foi finalmente preso na Sérvia em 26 de maio de 2011, com o anúncio de sua prisão feito em Belgrado pelo presidente do país Boris Tadić, que declarou que a prisão do ex-general "removia um fardo pesado dos ombros da Sérvia e fechava uma página infeliz da história do país."
As acusações formuladas em Haia pelo Tribunal Internacional para a Ex-Iugoslávia contra Ratko Mladic, ex-comandante do Exército dos Sérvios na Bósnia, foram por ele qualificadas como nojentas e horríveis. Os juízes estavam com tanta pressa para realizar a primeira audiência que não se deram sequer ao trabalho de apresentá-las ao general por escrito. Essa pressa resulta do estado de saúde do réu que pode simplesmente não sobreviver até o pronunciamento da sentença.
Nenhum comentário:
Postar um comentário